O Futuro da Medicina com IA: Personalização, Democratização e Colaboração
Bom dia a todos!
Esperamos que vocês continuem bem.
Aproveitando o aprendizado obtido durante minha participação no Future of Digital Health International Congress (FDHIC), gostaria compartilhar com vocês uma seleção de insights dos especialistas que participaram, preparada pela Curadoria de conteúdo do evento, complementada com minhas contribuições sobre como a Tecnologia Cloud e IA estão auxiliando na construção da visão futura da medicina que foi discutida ao longo do Congresso.
Do primeiro dia 21/05/2024, selecionei o painel "A Jornada do Paciente sendo atropelada pelas GenAIs. Vestíveis, sensores e aplicativos alimentados por IA na experiência do paciente", que foi um excelente debate com participação de Guilherme Hummel, CEO, EMI, Christian Morinaga, gerente médico do Hospital Sírio-Libanês, Eduardo Cordioli, diretor técnico de Obstetrícia do Grupo Santa Joana e Gustavo Meirelles, presidente do Conselho de Administração da IDr.
Durante esse painel foram discutidos varios temas importantes, entre eles:
Assistentes Médicos com IA: Uma Ponte Entre Médicos e Pacientes
Em um cenário onde médicos se encontram sobrecarregados e pacientes anseiam por um atendimento mais personalizado, os assistentes médicos com IA se apresentam como uma solução inovadora. Essa ferramenta atua como uma ponte entre os dois lados, aprimorando a comunicação, a coleta de dados e a geração de relatórios.
Os assistentes médicos com IA podem realizar pré-anamneses, coletar dados do paciente de forma eficiente e auxiliar na pesquisa de informações relevantes para o diagnóstico e tratamento. Essa otimização do tempo médico permite que os profissionais se concentrem em atividades mais complexas e na interação humana com o paciente, fortalecendo a relação médico-paciente e a qualidade do atendimento.
Temos um exemplo prático deste tipo de iniciativa no projeto do InovaHC (Centro de inovação do Hospital das Clínicas de SP) comunicando a criação do “GENIAL”, seu laboratório de inteligência artificial generativa em parceria com a Amazon Web Services e anunciando que a primeira aplicação a ser desenvolvida será um Gerador Automatizado de Laudos (GAL), uma prova de conceito que terá como objetivo reduzir pela metade o tempo gasto para coletar e selecionar as informações importantes sobre o histórico do paciente, aplicando técnicas de sumarização para auxiliar o médico radiologista. Outra aplicação na jornada deve ser a elaboração de laudo para reduzir o esforço manual de preparação do laudo analítico, e outras certamente virão pela frente.
No Congresso, foram apresentados outros exemplos de desenvolvimento deste tipo de assistentes. Dominic Pimenta, CEO e cofundador da Tortus.ai , compartilhou a jornada da empresa no desenvolvimento de soluções de AI que visam abordar desafios reais relacionados a registros eletrônicos de saúde (EHR) e como isso pode impactar a experiência de médicos e pacientes. Dominic ressaltou um problema recorrente no setor de saúde: o excesso de tempo gasto pelos profissionais usando sistemas de registros eletrônicos de saúde (EHR).
Atualmente, cerca de 60% do tempo dos médicos é dedicado a atividades administrativas, muitas vezes sem agregar valor clínico ou aos negócios. A empresa criou um sistema de interface de IA que usa comandos de linguagem natural para transcrever consultas médicas, gerar resumos clínicos e interagir diretamente com sistemas EHR. Essa abordagem permite que os médicos reduzam o tempo gasto em tarefas administrativas, podendo focar mais no atendimento ao paciente.
De maneira semelhante Frederic Llodarcs, cofundador da Doctoralia, apresentou sua mais recente iniciativa, Llamalítica que está desenvolvendo uma plataforma semelhante.
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Desafios e Oportunidades na Implementação da IA na Saúde
A adoção da inteligência artificial na saúde exige planejamento estratégico e investimento em infraestrutura tecnológica robusta. É crucial garantir a segurança e a confidencialidade dos dados dos pacientes, implementando medidas rigorosas de proteção contra acessos não autorizados e violações de dados.
A regulamentação da IA na saúde também é fundamental para garantir o uso ético e responsável da tecnologia, evitando vieses algorítmicos, discriminação e a tomada de decisões que possam prejudicar os pacientes. É importante que governos, instituições de saúde e profissionais da área trabalhem em conjunto para definir diretrizes claras e transparentes para o uso da IA na saúde.
Do ponto de vista de segurança e a confiabilidade das soluções de IA na área de saúde, podemos mencionar como exemplo a plataforma chamada CREOLA, criada pela Tortus.ai para avaliar e medir a precisão das saídas geradas por seus sistemas de IA. A plataforma monitora e valida a precisão das transcrições de consultas médicas, buscando reduzir erros como omissões ou alucinações, que podem ser perigosos em um contexto médico.
Do ponto de vista de infraestrutura tecnológica, devemos destacar a oportunidade de modernização de infraestrutura e adoção de serviços gerenciados Cloud para habilitar às organizações de saúde a oferecer serviços em escala e alavancar oportunidades de Interoperabilidade.
Sabemos dos desafios do setor do ponto de vista de realização de investimentos, e por isso a possibilidade de substituir pesados investimentos iniciais por fluxos de investimentos mensais recorrentes, dimensionados de acordo com a demanda, pode ajudar na viabilização dos projetos de investimento. A adoção de nuvem pode proporcionar acesso aos recursos tecnológicos que permitam justamente contar com ambientes seguros, confiáveis e escaláveis que são pré-requisitos para a adoção de inteligência artificial.
Convido vocês a ter mais informações sobre como alavancar os benefícios da adoção de serviços Cloud no nosso site: Adoção inicial de Serviços Cloud AWS e Migração para Serviços Cloud AWS.
O Futuro da Medicina com IA: Personalização, Democratização e Colaboração
A inteligência artificial tem o potencial de transformar a jornada do paciente, tornando o atendimento mais personalizado, eficiente e acessível. Através da IA, é possível realizar diagnósticos mais precisos, identificar doenças em estágios iniciais e otimizar os planos de tratamento.
A democratização do acesso à saúde também é um dos benefícios da IA. A tecnologia pode auxiliar na telemedicina, expandindo o alcance da assistência médica para áreas remotas e com carência de profissionais.
É importante ressaltar que a IA não substitui a interação humana entre médico e paciente. O papel do médico se torna ainda mais crucial na era da IA, com foco no diagnóstico, na construção de um relacionamento de confiança com o paciente e na tomada de decisões clínicas complexas.
A inteligência artificial abre um leque de oportunidades para o futuro da medicina. Ao ser utilizada de forma responsável e ética, a IA pode contribuir para a construção de um sistema de saúde mais eficiente, personalizado e acessível para todos.
Um ponto de discussão muito interessante durante o painel foi o "possível formato futuro" das consultas médicas, onde poderemos ter a participação de até quatro atores: (1) o médico responsável, (2) o assistente de IA suportando o médico, (3) o paciente e eventualmente (4) o assistente de IA do paciente, e a necessidade do médico estar capacitado para comunicar para o paciente o papel de cada um desses atores, os benefícios e os cuidados que serão tomados do ponto de vista da segurança e confidencialidade do tratamento das suas informações médicas, partindo do seu consentimento de utilização dessas informações.
O assistente médico de IA (2) foi descrito no primeiro tópico acima, já o assistente do paciente (4) poderá atuar para responder, por exemplo, à pergunta base : "... considerando os fatos que descrevi, é recomendado buscar uma consulta médica?" e com isso se tornar um nível de atendimento "zero" antes de efetivamente o paciente recorrer aos serviços de atendimento primário e posterior.
O aproveitamento de assistentes nesta área pode contribuir para balancear a carga do sistema de saúde e para otimizar a gestão das filas de atendimento principalmente do sistema de saúde pública, focando no atendimento de casos que realmente precisem de atendimento médico.
A tecnologia Cloud tem também aqui um papel relevante na democratização do acesso aos recursos de inteligência artificial, para permitir a aplicação desta tecnologia na construção, experimentação e implementação em escala de assistentes de IA.
Convido vocês a ter mais informações sobre este papel da Tecnologia Cloud no nosso site: Tendencias 2024 e Oportunidades Cloud e IA para o Setor de Saúde.
Nós vemos na próxima publicação onde continuaremos explorando oportunidades Cloud e IA para o Setor de Saúde e outros!
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